relatorio
As Pedras Parideiras. são fruto de um fenómeno geológico raro, onde um pequeno tipo de pedra, se desprende de uma rocha maior, denominada rocha-mãe.
Os nódulos (encraves ou jogas) que se separam, possuem de 1 a 20 cm. de diâmetro, e são compostas pelos mesmos elementos mineralógicos do granito. Estes nódulos ao se desincrustarem dos núcleos da rocha-mãe, deixam uma camada externa em baixo relevo e espalham-se à volta desta. Transformadas a cerca de 280 a 320 milhões de anos, encontram-se sempre emparelhadas em rocha mãe e filha, que se vão soltando com a erosão dos tempos.
O granito da Castanheira é considerado uma "anomalia" do granito da Serra da Freita. Em 1993, três geólogos do Reino Unido publicaram um estudo sobre a génese deste granito. Concluíram que a sua formação terá ocorrido devido à separação, na fase final da cristalização magmática do granito, de um fluido cloretado rico em voláteis. No processo ter-se-à gerado um gradiente químico na interface magma / bolha de voláteis, que favoreceu a complexação e a mobilização de ferro do magma residual. A bolha, menos densa que o magma, terá ascendido, ficando como que a flutuar no tecto desta porção da câmara magmática.
Este tipo de granito é único em Portugal e raro no mundo. Estão situadas na Serra da Freita em Portugal e na Rússia, perto de S. Petersburgo. Por se tratar de um fenómeno raro, pede-se aos visitantes destes locais que não recolham pedras para uso pessoal. Mitologicamente as Pedras Parideiras simbolizam a fertilidade na tradição da região, ainda presente nas crenças locais. Acredita-se que dormir com uma pedra parideira debaixo da almofada, aumenta a fertilidade.
Junto à aldeia da Castanheira (freguesia de Albergaria da Serra- 146 habitantes), no limite sul do