Relatorio de observacao sobre o texto de Michel Foucault
História da Loucura, Cap. 1 “Stultifera Navis”
Este relatório decorre a análise da técnica de GVGO (grupo de verbalização e grupo de observação), realizado em sala de aula, do 5º período do curso de psicologia sobre o texto de Michel Foucault, capítulo 1 "Stultifera Naves" do livro História da Loucura.
Por meio da verbalização dos colegas, percebe-se que Foucault apresenta a loucura desde a Idade Média até a Idade Contemporânea. Em seu 1º capitulo Foucault vai retratar a lepra e as demais doenças como forma de exclusão e em um discurso de poder que a sociedade impõe. Ocorria então, que para tentar se libertar dessa doença e daqueles que a contraíam, construíam-se vários leprosários por toda Europa.
No início do capítulo Foucault mostra que no final da Idade Média a lepra desaparece, porém, não pela cura da doença, mas pelo controle do contagio, por esse motivo, o poder real passa a controlar os bens dos leprosários. “A venda destes bens servia para cuidar dos soldados e dos pobres e as quantias que resultariam dessas vendas destinavam-se aos exames e aos tratamentos dos estropiados”. (Foucault, pág. 4).
Com forte influência da igreja, e mesmo nos tempos atuais, a religião é bastante contundente com o falso discurso de que os leprosos eram pessoas castigadas por Deus, um mesmo castigo que os levariam a salvação, porém esta salvação era uma forma hipócrita de falar que aqueles doentes estavam inseridos na Igreja, podendo receber a comunhão, mesmo não podendo entrar nos templos. "O abandono é, para ele, a salvação; sua exclusão oferece-lhe outra forma de comunhão" (Foucault, pag. 6).
Com a redução dos casos de lepra, surgem as doenças venéreas, fazendo uso das estruturas usadas pelos leprosos, porém, agora, abrigando os diagnosticados com doenças venéreas. Os leprosários passaram a ser o local onde eles permaneciam internados, “excluídos”, e juntamente com esses doentes eram colocados outros