Relatorio CNPQ GRUPO ETCO
Projeto CNPq n° 505999/2008-0
Avaliação do bem-estar de bovinos de corte e definição de protocolos de boas práticas de manejo
Mateus J.R. Paranhos da Costa1, Adriano G.Páscoa1,2, Tâmara D.
Borges1,2,Janaina S. Braga1,2, Arquimedes J.R.Pellechia1,2 e Joana Kliemann da Cruz1,2 e Mariana R. Franco1
1
Departamento de Zootecnia, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias,
UNESP, Jaboticabal-SP
2
Bolsista DTI, CNPq
INTRODUÇÃO
A atividade agropecuária tem destacada participação na economia brasileira, com destaque para a produção de carnes, em particular de bovinos, que tem significativa participação no mercado de exportação, que absorve 22,8% de nossa produção anual (Anualpec, 2010). Para atender ambos os mercados (interno e externo) são abatidos por ano 45,4 milhões de bovinos; a produção e o abate de bovinos são regionalizados, com prevalência na região centro-oeste (Figuras 1 e 2), sendo que os maiores centros de consumo estão localizados na região Sudeste do
Brasil.
Figura 1. Distribuição da população de bovinos por estados brasileiros (em milhares de cabeças). Adaptado de Anualpec (2010).
Figura 2. Bovinos abatidos em 2010 por estados brasileiros, em milhares de cabeças e localização dos frigoríficos registrados no SIF (representados pelos pontos verdes). Informações obtidas no Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
O transporte e o manejo pré-abate estão associados a uma série de eventos estressantes aos animais e que podem comprometer tanto o bem-estar dos animais quanto a qualidade da carne (Ljungberg et al., 2007), causando sofrimento aos animais e prejuízos econômicos para produtores e frigoríficos.
Entre essas situações estressantes para os bovinos estão: mantê-los em alta densidade social nos currais das fazendas, nos compartimentos de carga dos caminhões e nos currais dos frigoríficos, além de falta de cuidado no embarque, na viagem e no desembarque (Paranhos da Costa et al., 1998). Quando essas atividades
são