Relato de caso clínico
RESUMO
A hipoplasia do esmalte pode ser definida como uma formação incompleta ou defeituosa do esmalte dentário, ou seja, uma deficiência na quantidade e qualidade de esmalte. Em alguns casos a alteração pode se manifestar clinicamente como sulcos ou depressões, ou como falta parcial ou total da superfície do esmalte, com exposição dentinária em alguns pontos, podendo apresentar sensibilidade dentinária, estética insatisfatória, má-oclusão, bem como predisposição à cárie dentária. O objetivo do presente trabalho será realizar uma revisão de literatura abordando os defeitos de esmalte e relatar a resolução de um caso clínico de uma paciente, 12 anos, com hipoplasia de esmalte nos elementos 11, 12,21 e 43, com severo comprometimento estético. Para a resolução do caso, pretende-se realizar inicialmente a microabrasão com Gel ácido fosfórico a 37% e Pedra pomes nos elementos 11 e 21 com o intuito de clarear as manchas existentes. Após o procedimento de microabrasão serão realizadas restaurações diretas nos elementos 11, 12,21 e 43, com resina composta fotoativada para reabilitação estética.
Palavras-chave: anomalia do esmalte dental, hipoplasia, prematuro
INTRODUÇÃO
O esmalte dentário é formado pela atividade dos ameloblastos cuja estrutura final caracteriza-se por um tecido altamente mineralizado¹. O desenvolvimento do esmalte normal ocorre em três etapas: etapa formativa, na qual há deposição de matriz orgânica; etapa de mineralização, onde a matriz é parcialmente mineralizada e etapa de maturação, durante a qual o esmalte recém mineralizado sofre processo final de calcificação²,³,4.
A literatura é unânime quando citam que os ameloblastos no germe dentário em desenvolvimento são células muito sensíveis do ponto de vista metabólico5, e qualquer fator exógeno ou endógeno pode facilmente afetá-los, podendo resultar em anomalias do esmalte5,6. Como consequência, estes fatores podem promover uma parada focal e transitória da síntese de