Relat Rio
Ody, Bruno G; Flores, Gabrielle; Damásio, Diego.
América Latina e Sustentabilidade Socioambiental
Relatório Sobre Problemas Socioambientais Presentes no México
Tequila provoca problemas sociais e ambientais no México
A popularidade da tequila provocou problemas sociais e ambientais nas regiões mexicanas onde a bebida é produzida, segundo um estudo da Universidade Estadual da Carolina do Norte.
O Conselho Regulador da Tequila (CRT), com sede em Guadalajara, no México, define a tequila como uma aguardente destilada de mosto fermentado obtida com a seiva de uma planta conhecida como agave-azul.
De acordo com as leis mexicanas, a bebida só pode ser produzida em uma região que abrange Jalisco e outros quatro estados mexicanos considerados “áreas geográficas de origem”.
Como estas áreas estão protegidas por leis e acordos internacionais, não é permitido semear ou reproduzir o agave em outras partes, apesar de demorar seis anos para a planta se desenvolver e poder ser utilizada para produzir a tequila.
O estudo universitário, divulgado esta semana, explicou que os lugares geográficos não “podem continuar sendo sustentados por diversos fatores sociais e ecológicos”, gerados em parte pelo “boom” que a indústria teve nos últimos 15 anos.
A tequila se expandiu consideravelmente desde 1990, e, entre 1995 e 2005, conseguiu dobrar a produção da bebida.
Em 2007, o mercado total da tequila produziu 284,4 bilhões de litros, 17% a mais que em 2006, segundo dados do CRT.
Do total produzido em 2007, cerca de 135 milhões de litros foram exportados – 75% – aos Estados Unidos, e aproximadamente 149 milhões de litros foram para consumo interno no México, segundo Sarah Bowen, uma das autoras do estudo.
“O persistente ciclo de excedentes e escassez do agave pela grande demanda provocou insegurança econômica entre os produtores e degradação ambiental”, explicou à Agência Efe Bowen, do Departamento de Sociologia e Antropologia da UNCS.