Relat Rio OP
Vertente da antropologia e da sociologia, a Observação Participante consiste na inserção do pesquisador no interior do grupo observado, o que o torna parte dele e a depender do continuum escolhido pelo observador e o tempo de duração da pesquisa (LÜDKE & ANDRÉ, 2001), o mesmo poderá interagir por longos períodos com os sujeitos, com o intuito de captar os conflitos e tensões vigentes naquela situação (QUEIROZ, VALL, SOUZA, VIEIRA, 2007).
Para Correia (2009), na Observação Participante é necessária a eliminação de deformações subjetivas para que aconteça a compreensão dos acontecimentos e das interações entre os sujeitos em observação, dentro do seu ambiente. É por esse motivo que são exigidas do observador acuidade e treino das suas habilidades e capacidades para fazer o uso dessa técnica, tornando-o uma ferramenta indispensável na elaboração da sua pesquisa. Também mencionado por Correia (2009), é importante que o observador tenha presente os estereótipos culturais e possa desenvolver a sua capacidade de introspecção.
Segundo Queiroz et al. (2007) há algumas etapas relevantes dentro do processo da Observação Participante: a primeira consiste na aproximação do pesquisador no grupo social que será a amostra. Nessa fase é minimizado o distanciamento que pode separar o observador do grupo, sendo esta uma condição inicial para o bom andamento da pesquisa.
A segunda etapa é baseada no esforço do observador em obter uma visão do conjunto da comunidade que irá observar, realizando uma coleta de dados por meio de documentos oficiais, reconstituição da história do lugar e das pessoas, de entrevistas, entre outros. Por último, se realizará a análise dos dados que permitirá ao pesquisador uma visão real do grupo e uma percepção que este detém de si mesmo.
Quanto ao grau de participação elucidado por Lüdké & André (2001) é feito a partir da escolha por parte do pesquisador de um continuum, que tendem a variar conforme o objetivo do levantamento, que possuí