Relacionamentos interpessoais
Apaixonados por doce, os brasileiros respondem pelo maior consumo de leite condensado do mundo. São 300 mil toneladas por ano, ou R$ 1 bilhão. Essa fascinação transforma esse produto, na atual crise econômica, em boa oportunidade para quem está disposto a seduzir o consumidor pelo estômago e pelo bolso. Nesse cenário, destacam-se a mineira Itambé, que estreou num segmento de marcas quase centenárias há apenas três anos, e a goiana Kremon, uma empresa nova que acaba de adquirir a Mococa, uma das marcas líderes. Enquanto as vendas de leite condensado caíram 15,4% no semestre, a Itambé viu seu volume aumentar 4,9%. A cooperativa mineira ocupa hoje a posição de segunda marca mais vendida no país. Em agosto, a empresa obteve 15% de market share, ante 11% da Mococa, 9% da Glória, 8% da Parmalat, 4% da Elegê e 7% de outras marcas, conforme a ACNielsen. Juntas as marcas da multinacional italiana (a Parmalat adquiriu a Glória) superam a da cooperativa mineira. E a Nestlé, dona da tradicional marca Moça, é líder absoluta com 44%. Em relação a janeiro, caiu a participação da Nestlé, que respondia por 55% do mercado. Por meio da assessoria de imprensa, a Nestlé informou que, no acumulado de janeiro a agosto, obteve 50% de market share, ante 48% do mesmo período do ano anterior. Também caiu a participação das marcas Glória e Parmalat, que possuíam respectivamente, 12% e 10% do mercado. Em janeiro, o market share da Itambé estava em 10%, Mococa em 7%, Elegê em 4% e outras marcas em 2%. Procurada, a Parmalat não se manifestou. Segundo Jacques Gontijo, vice-presidente da Itambé, o objetivo da cooperativa é atingir 20% de participação de mercado até dezembro. "Não investimos em marketing, mas oferecemos ao varejista um produto de qualidade, de marca conhecida por preço atraente", diz. No primeiro semestre, o preço médio do leite condensado subiu 20,8%, ante alta 17,5% do produto Itambé. Em Minas Gerais, a cooperativa mineira atingiu a liderança em agosto,