RELACIONAMENTO DA MÃE COM O FILHO
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No relacionamento inicial da mãe com o filho, dois tipos distintos de identidade são envolvidos. A identificação da mãe com o filho e o estado de identificação da criança com a mãe. A criança é ligada à mãe como se fosse um “objeto interno” da mesma, a fim de que seja ali mantido e instalado. O que predomina é uma vontade e uma habilidade por parte da mãe para drenar interesse de si mesma para o bebê, ou seja, existe uma preocupação maternal primária. Isso é o que daria à mãe o poder de fazer a coisa certa, tendo em vista vivenciar minuto a minuto essa experiência. A mãe mergulha totalmente numa preocupação patológica, mas é normal que ela recupere o interesse em si mesma e isso ocorre à medida que a criança permite. Vale ressaltar que não somente o desenvolvimento da preocupação maternal primária é difícil para algumas mulheres, mas também o retorno dela para uma atitude normal pode produzir doença clínica. Esta doença pode ser produção do eventual fracasso da capa protetora, fracasso naquilo que capacita a mãe a se voltar para sua condição de mãe e abstrair-se dos perigos externos enquanto se preocupa com o filho. O ego da criança depende da capacidade da mãe, que neste caso é suficientemente boa, em dar suporte. O ego da mãe está em sintonia com o da criança e quando há uma ótima integração mãe e filho, o ego da criança se torna muito forte porque é apoiado em todos os aspectos. Este ego terá a capacidade de organizar defesas muito cedo e desenvolver padrões que serão moldados por tendências hereditárias. Enfim, o desenvolvimento é produção da relação entre mãe e filho quando este é criança/bebê e da acumulação de experiências de vida. Este desenvolvimento só ocorre em um ambiente facilitador.
Referência Bibliográfica: Schultz, DP. Estruturalismo. In: Schultz, DP. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cengage Learning Ed, 2011.