Regências e revoltas no Brasil
Quando D. Pedro I abdicou do trono do Brasil, em 1831, seu filho, que ainda não havia completado seis anos de idade, foi aclamado “imperador Constitucional Pedro LL em sua menoridade”.
A situação política se agravou: de um lado estavam os restauradores, que pretendiam trazer de volta D. Pedro; de outro, os liberais raciais, que pretendiam acabar com os instrumentos próximos aos ideais absolutistas. Defendiam ainda maior autonomia para as províncias.
Explodiram as rivalidades entre portugueses e brasileiros. Na corte, manifestantes exigiam a proibição da imigração portuguesa por dez anos. Nesse contexto, a regência tomou, assim, medidas radicais. Em agosto de 1831, todos os portugueses que não tivessem optado pela cidadania brasileira foram demitidos do serviço público.
As revoltas no Período Regencial
No Grão-Pará eclodiam conflitos desde a independência do Brasil. Grupos ligados aos interesses portugueses se mantinham fiéis à ideia de um império luso-brasileiro. Havia também um ressentimento com o excessivo poder exercido pelo governo central sobre as províncias. O clima explosivo se completava com as divergências internas das elites locais, além das péssimas condições de vida dos mais pobres.
Nesse contexto ocorreu a Cabanagem (1835-1840), nome derivado de cabana, tipo de habitação que era ocupada pela população pobre, às margens dos rios. Essa população formada por indígenas, negros e mestiços, participou ativamente do movimento. Mas a revolta foi provocada por divergências ocorridas entre as elites locais que aspiravam ao direito de escolher os presidentes de província.
A Sabinada ocorreu em Salvador(1837-1838). Envolveu pessoas ligadas ao meio urbano, como profissionais liberais, pequenos comerciantes, funcionários públicos, artesãos e militares. Representou, basicamente uma reação dos grupos liberais exaltados ao domínico do governo central sobre as províncias, ou seja, ao processo de centralização na regência de Araújo Lima, que