Regulamentação de propagandas com apelo verde pelo conar
Nos últimos anos, os temas relacionados a Sustentabilidade e Responsabilidade Social têm ganhado importância. Diariamente nos são apresentadas diversas notícias que buscam informar, conscientizar e mesmo alertar acerca de tais temas. De maneira geral, a sociedade passou a ter verdadeiro interesse sobre eles.
Atentas a isto, muitas empresas aproveitaram para anunciar seus produtos como ecologicamente corretos. Porém, muitas vezes os anúncios geravam confusão no consumidor e transmitiam valores falsos, que não estavam de acordo com as práticas das empresas anunciantes. De olho nisso, o Conar, órgão de auto-regulamentação de publicidade, resolveu rever suas regras para publicidade envolvendo meio-ambiente, e após um ano de estudos as alterações em seu código foram feitas.
Este trabalho procura se apronfundar no processo que levou à criação de novas normas, e explicar estas normas.
As Empresas e a Onda Verde
Pode-se dizer que existe em nossa sociedade uma Onda Verde. Do ponto de vista mercadológico, a adoção de condutas baseadas nos valores de sustentabilidade representa uma boa oportunidade para as empresas. Isto por que os consumidores do mundo todo valorizam e adotam critérios embasados na sustentabilidade quando escolhem seus produtos; tendem a privilegiar empresas que são reconhecidamente responsáveis. No Brasil, este cenário é ainda mais forte, tanto que o país foi eleito como segunda nação mais preocupada com consumo consciente pela pesquisa Greendex 2009 da National Geographic Society. A partir do momento que identificaram tais tendências, as empresas procuraram se adequar aos valores de seus consumidores. São inúmeras as ações que transmitem a tão valorizada responsabilidade socioambiental – remodelações de produtos, propagandas institucionais e relatórios de sustentabilidade estão entre elas. A Unilever, por exemplo, lançou uma nova versão do seu amaciante Comfort, mais concentrado, e esta adaptação fez com que as embalagens fossem