Regressão civilização e seu motivo nas invasões bárbaras
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Regressão Civilização e Seu Motivo nas Invasões Bárbaras Este mundo de contradições de que fala Petrarca - que quer a paz, mas vai à guerra, que quer subir ao céu, mas vai para a terra maior parte das vezes, e que sente fogo mas sabe que no fundo é de gelo – também se aplica principalmente ao tempo do pré-renascimento italiano que começa a despoletar no séc. XIII e XIV, onde por um lado tem amparo na Idade Média e outro amparo em qualquer coisa que depois se virá a tornar o Renascimento. Este núcleo de contradições reflete-se nas extremas diferenças estruturais e de valores entre aquilo que são as sociedades aristocráticas terra tenentes em alguns territórios italianos como Siena, Nápoles, Mântua e Milão; e por outro lado as sociedades burguesas cosmopolitas– que se tornarão nas sociedades renascentistas– já a despoletarem noutros territórios como as cidades- estado de Génova, Florença e Veneza. O motivo desta clara oposição no território italiano reside de alguma maneira no fim do Império Romano a dez séculos atrás do séc. XV, que trouxe consigo mil anos atribulados. Assistiu-se a uma regressão histórica inimaginável no modo de vida e na ausência de cultura, pelo que muito pouca coisas e conseguiu manter. A perda da civilização romana, comas suas estradas, o seu urbanismo, o seu modo de vida altamente avançado, sujeitou as pessoas a extraordinárias vicissitudes devido às sucessivas invasões dos bárbaros que foram assolando o território europeu sobretudo entre o séc. V e X – demonstrado no filme Conan e os Bárbaros. As povoações não sabiam para onde se haviam de mudar, pois olhavam para cima e vinham os vikings do norte, olhavam para o lado e vinham os suevos, e de baixo vinham os sarraceno se do outro lado vinham os húngaros. Tratou-se portanto de tempos de grandes fragilidades e de violência. Os bárbaros pilhavam e massacravam as aldeias, violavam e esquartejavam não deixando pedra sobre pedra – ou o que na altura seria palha sobre palha. As pessoas