regras de acentuação
Verbos que apresentam a duplicação do “e” na terceira pessoa do plural sofreram alteração – o antigo acento desapareceu. Assim, passamos a escrever “Eles creem em mudanças”, “Eles não veem solução para o problema”, “Eles releem as regras diariamente”, “Eles leem a Bíblia todas as noites”, “Esperamos que eles deem as boas-vindas ao novo diretor”, “Eles preveem alta da inflação” etc.
Não sofreram mudança, entretanto, os verbos “ter” e “vir” e seus derivados. Continuamos, portanto, distinguindo a terceira pessoa do singular da terceira do plural por meio do acento. Assim: “Ele tem coragem”, “Eles têm coragem”; “Ele vem sempre aqui”,”Eles vêm sempre aqui”.
Como são formas monossilábicas, somente as de plural recebem o acento, considerado um acento diferencial – não indica mudança de pronúncia.
Há verbos que derivam por prefixação dessas duas matrizes: reter, conter, entreter, manter, deter; intervir, provir, advir, sobrevir etc. Tais verbos, quando conjugados nas terceiras pessoas, apresentam-se como palavras oxítonas terminadas em “-em” (foneticamente similares, portanto, a termos como “vintém”, “ninguém”, “alguém”, “refém” etc., todos acentuados).
Fica fácil perceber por que todas as formas – tanto as de singular como as de plural – recebem um acento gráfico. São todas oxítonas terminadas em “-em”. Como distinguir, então, as formas de singular das de plural? Graficamente, usam-se acentos diferentes, o agudo no singular e o circunflexo no plural. Assim: “Polícia detém manifestação”, “Policiais detêm manifestação”; “Tal comportamento advém de orientações equivocadas”, “Consequências nefastas advêm desse tipo de restrição”.
Dessa forma, para corrigir o fragmento acima, basta mudar o tipo de acento da forma do verbo “deter”. Assim:
Palestinos treinados pelo Exército israelense detêm um