Regra do uso da Vírgula

1. No interior da oração a vírgula usa-se para:

Separar os elementos de uma enumeração que exercem a mesma função sintáctica (ou são todos nomes, ou são todos adjectivos, etc.) e não estão ligados pelas conjunções e, ou, nem

Exemplo:

Ela estava cansada, desanimada, exausta e deprimida.

Separar elementos que se repetem.

Exemplo:

Ela é linda, linda, linda!

Isolar o vocativo (aquele a quem nos dirigimos).

Exemplo:

Paula, traz-me esse livro.

Isolar o modificador do nome apositivo (informação que damos sobre o sujeito de uma frase, não necessária para a compreensão dessa mesma frase).

Exemplo:

A Isaura, a minha empregada, está doente.

Isolar palavras ou expressões que podem ocupar diferentes posições na oração.

Exemplo:

Ela, porém, ficou tranquilamente em casa. ou Porém, ela ficou tranquilamente em casa.

Portanto, a minha decisão está tomada. ou A minha decisão está, portanto, tomada.

Isolar os modificadores colocados antes ou entre os elementos essenciais da frase:

Exemplo:

Naquela noite, o Miguel não conseguia adormecer.

O Miguel, naquela noite, não conseguia adormecer.

(quando o modificador do nome é um adverbio, este pode estar ou não entre virgulas. por exemplo Aqui não podes falar.) Indicar a supressão de uma palavra ou grupo de palavras.

Exemplo:

Bebidas fartas, homens fracos. (Bebidas fracas fazem homens fracos.)

2. Entre orações a vírgula usa-se para:

Separar as orações coordenadas assindéticas.

Exemplo:

Chegou a casa, tirou os sapatos, sentou-se no sofá.

Separar orações coordenadas sindéticas.

Exemplo:

Ou te calas, ou terás de sair da sala.

Isolar orações intercaladas:

Exemplo:

Se precisares, disse ele, telefona-me.

Separar orações subordinadas adverbiais:

Exemplo:

Quando me apercebi, já ele tinha ido embora.

Separar orações subordinadas relativas explicativas.

Exemplo:

O miudo, que não era parvo, percebeu que devia calar-se.

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