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O livro A floresta em chamas: origens, impactos e prevenção de fogo na Amazônia ( D. C. Nepstad et al) apresenta um estudo sobre os três principais tipos de queimadas que ocorrem na Amazônia. Um deles refere-se às "queimadas para desmatamento", que são intencionais e estão associadas à derrubada e à queima da floresta. O outro tipo são os "incêndios florestais rasteiros", provenientes de queimadas que escapam ao controle e invadem florestas primárias ou previamente exploradas para madeira. Há ainda as "queimadas e os incêndios em áreas já desmatadas", resultantes do fogo intencional ou acidental em pastagens, lavouras e capoeiras.
Num primeiro momento, as queimadas podem funcionar como fertilizantes do solo, uma vez que as cinzas produzidas são convertidas em nutrientes vegetais pelos microorganismos da terra. No entanto, a queima sucessiva de uma mesma região pode matar esses mesmos microorganismos, tornando o solo cada vez mais empobrecido e impróprio para a agricultura.
Esse procedimento traz ainda conseqüências no clima e no ciclo das águas. Os pastos e as lavouras absorvem menos energia solar do que a vegetação original e podem contribuir para uma redução de chuvas e um aumento na temperatura da região Amazônica. (Nepstad et al, 1999).
As queimadas são ainda responsáveis pela emissão significativa de gases que causam o efeito estufa, como o gás carbônico (CO2). Por outro lado, as plantas