região

Região, conceito que está ligado à noção fundamental de diferenciação de área, termo utilizado entre os geógrafos que não se faz de modo harmônico, é muito complexo. A região deve ser vista como um conceito intelectualmente produzido, no qual se parte da realidade, porém a submetemos à nossa elaboração crítica. Sendo válido a utilização de todos os conceitos de região pelos geógrafos. Pelo marxismo, o conceito de região se da principalmente de duas formas: uma que enfatiza a dimensão econômica, vendo a região sobretudo como produto da divisão territorial do trabalho, e outra que enfatiza os movimentos sociais. No globalismo neoliberal de Kenichi Ohmae, a região é a escala ótima que deve ser estimulada a fim de assegurar os requisitos básicos para a reprodução dos processos globais, substituindo mesmo o papel do Estado. Chegando a propor o número de habitantes que o Estado-região deveria comportar. A abordagem neo-marxista entre a continuidade e a descontinuidade da região não se baseia apenas aos laços econômicos, mais concretos, firmados através da economia capitalista, mas também como o discurso – na mídia, por exemplo – elabora uma imagem integrada, uma identidade comum a toda região. Tal identidade, altamente positiva, é “vendida” no mesmo estilo com que se faz o “marketing das cidades” - tratando-se, portanto, de um “marketing das regiões” ao mesmo tempo sua criação e seu criador. Com base em seus vários conceitos e fundamentos sobre o significado de região, nota-se, portanto que ao longo da história, a ideia de região vem sendo empregada como instrumento de ação e controle, na organização, estruturação e administração de territórios militarmente conquistados ou sob a dependência político-administrativa de um poder central. Tanto é que em virtude de suas origens, é natural que a noção de região tivesse fortes vinculações com a geografia física. O instituto IBGE surge em um momento de grande centralização política empreendida pelo Estado Novo,