Região metropolitana de são luis
Eduardo Celestino Cordeiro1 Juarez Soares Diniz2 INTRODUÇÃO Para os moradores de São Luís, principalmente os mais antigos, dizer que a cidade está crescendo cada dia mais é colocação óbvia. Certamente, grande parte dos moradores de outras cidades vizinhas a São Luís tem visão semelhante, especialmente os que residem em São José de Ribamar, Paço do Limiar, Raposa e Alcântara, mas que trabalham e/ou estudam na capital maranhense. Isto porque é notório no cotidiano destes municípios o referido crescimento, uma vez que este é produto de um amalgama intermunicipal, não somente pela expansão das formas urbanas, isto é, da urbanização como materialidade, mas devido às relações que dão concretude a um cotidiano intermunicipal cada vez mais integrado. Portanto, pode-se dizer, de antemão, que São Luis, São José de Ribamar e Raposa, os quatro municípios da Ilha do Maranhão, têm em alguma instância, um cotidiano e um espaço comum, mesmo que não homogêneos. Até o ano de 2002 estes quatro municípios constituíam a chamada Região Metropolitana da Grande São Luís (RMGSL), a qual no ano seguinte tem incorporado o município de Alcântara. Na verdade, a RMGSL é uma entidade institucional criada, ao menos no plano institucional-retórico, como resposta às questões conotadas por aquele crescimento, ou melhor, pelos problemas por ele ensejados. Assim, duas instâncias da realidade social se revelam: uma que apresenta as manifestações espaciais da sociedade local que lhe dá vida; outra representa as manifestações político-institucionais, onde a concretude das idéias é significativa, ao ponto de (re)orientar ações e formas. Nesta perspectiva podemos colocar que para a RMGSL existe uma constituição socioespacial e outra posta como político-institucional ou, simplesmente, institucional. Trata-se, porém, aqui de uma cisão da realidade, necessária para analisar e elencar a questão