Região Metropolitana de Fortaleza
FLUXO MIGRATÓRIO E CRESCIMENTO POPULACIONAL DE FORTALEZA ACENTUAM PERIFERIZAÇÃO URBANA E SOCIAL
Nas primeiras duas décadas do século XX, o processo de crescimento populacional de Fortaleza torna-se bastante visível no contexto estadual, cujo incremento populacional foi de cerca de 63%, passando de 48,4 mil habitantes em 1900, para 78,5mil em 1920. A migração desse período não chegou a ser registrada, mas nos anos seguintes (entre 1920/40) teve forte impacto no crescimento populacional de Fortaleza, haja vista o incremento de 101,7mil pessoas, sendo 55% (56,2 mil pessoas) decorrente da migração. Em 1940, a população migrante correspondia a metade da população economicamente ativa- PEA em Fortaleza, estimada em 112,5 mil. A cidade passou a ter uma população total de 180 mil habitantes, um contigente bastante expressivo, comparável com a contagem populacional feita em 1996 para Juazeiro do Norte, cidade interiorana de maior expressão populacional no interior, cuja população foi registrada em torno de 189 mil pessoas. Na década seguinte, em 1950, vê-se reduzir o fluxo migratório para Fortaleza, que foi politicamente desviado pela migração inter-regional. Os migrantes fizeram parte de 17% da população total residente, sobretudo corresponderam a metade do incremento populacional do período 1940/50 e um quarto da PEA de 1950. Em 1960 e 1970, percebe-se o aprofundamento das disparidades intraestadual. Fortaleza concentrava cerca de 15% da população do estado evoluiu para 20%. Em relação à população urbana, a concentração na Capital evoluiu de 53 para 60%. Nota-se que o crescimento populacional de Fortaleza permanece expressivo pela continuidade do processo migratório. O total de migrantes na população de Fortaleza que estava representado em 32%, em 1960, incrementou para 36%, em 1970, com o agravante de que essa população migrante foi responsável por 90% do incremento populacional de Fortaleza entre 1960/70.
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