Determinação do Sistema Aquífero da Região Metropolitana de Fortaleza e suas Principais Características Sedimentares
1. Introdução
O crescente desequilíbrio na oferta e demanda de água atinge principalmente as regiões mais pobres e secas do Brasil, aumentando a procura e, consequentemente, a contaminação das reservas hídricas, devido ao uso indevido dessas reservas. Esse problema é agravado pela falta de políticas públicas para águas subterrâneas, impossibilitando uma ação mais rigorosa dos órgãos públicos responsáveis. O estado do Ceará apresenta predominantemente reservas de água no cristalino. Em razão da alta resistência à infiltração, essas reservas são limitadas, ocorrendo principalmente quando do preenchimento de regiões abertas, ou fraturas, que se dá através dos rios e riachos que estão encaixados nestas estruturas, ocorrendo somente no período chuvoso. Para a captação de água dos aquíferos é necessário a realização de estudos hidrogeológicos, visando determinar a potencialidade hídrica. Em geral, regiões de cristalino são consideradas inviáveis ou péssimas fontes de água subterrânea (da SILVA, 2007).
Já a Região Metropolitana de Fortaleza apresenta problemas que põe em risco o abastecimento de água da mesma. O mau uso e ocupação desordenada da população afetam diretamente o custo já elevado da água para atender a demanda
(MORAIS, 2011). Seu sistema hídrico é formado pela bacias metropolitanas, apresentando diferentes litologias, principalmente por rochas cristalinas de idade proterozóica (63,17%) representado por gnaisses e migmatitos diversos, quartzitos e metacalcários, associados a rochas plutônicas e metaplutônicas de composição predominantemente granítica, mas próximo litoral, a altitudes menores se encontram as sedimentares (36,83%) tais como: sedimentos areno-argilosos do Grupo Barreiras e das Coberturas Colúvio-Eluviais, sedimentos eólicos constituídos de areias bem selecionadas de granulação fina a média, e