Regionalismo
Segundo Hirst, ainda nos governos militares houve tentativa de superação dos contenciosos e cooperação, porém o ponto de inflexão do cone sul é a superação do contencioso do uso dos recursos hídricos (Itaipu). A simultaneidade dos processos democráticos no Brasil e na Argentina marca a vontade política de cooperação bilateral, partindo do conteúdo político para alcançar a integração econômica.
Entre 1985 e 1989, Brasil e Argentina assinam diversos tratados de integração econômica nos marcos/paradigma da autonomia e na visão do desenvolvimentismo. Sarney e Alfonsín, presidente da Argentina, tentam promover arranjos defensivos nos marcos de um contexto internacional adverso, buscando manter desenvolvimentismo, através de cooperação econômica, tentativa de complementaridade econômica, intercambio científico/tecnológico, com papel do Estado. Não dá certo pela crise e gerando resultados limitados, com pouca redução tarifária e constantes tentativas de negociações intrassetoriais.
O NAFTA inaugura regionalismo norte-sul, unindo Estados Unidos, Canadá e México em uma zona de livre comércio. E ao longo da década de 90 os arranjos regionais têm como proposta contrabalancear a autonomia americana com relação à integração comercial, à qual o Brasil é o único que se recusa a participar. Assim, busca construir seu próprio bloco regional, partindo de uma leitura do sistema internacional de multipolaridade. Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores, tem ideia da ALCSA, mas o mais importante é o MERCOSUL, que surge quando o Brasil ainda está em momento de negociações. O MERCOSUL é voltado para a globalização, buscando a liberalização do mercado, e surge nos governos de Collor e Menin, presidente da Argentina, que adotam políticas de corte de tarifas, buscando choque de competitividade e papel mínimo do Estado. O Tratado de Assunção, de 1991, traz o Brasil, Argentina,Uruguai e Paraguai em uma união aduaneira, ou seja, adotando as mesmas tarifas externas e