Reformas de ensino e modernização administrada
Reformas de ensino, anos de 1930: primeiro ato
Os Debates Políticos que se tratavam no alvorecer dos de 1930 incluíam um crescente interesse pelas questões educacionais. O movimento que resultou na Revolução de 1930 dava caráter de urgência a essa discussão. Uma concepção francamente salvacionista convencia-se de que a reforma da sociedade pressuporia, como uma de suas condições fundamentais, a reforma da educação e ensino. Nos anos de 1930, esse espírito salvacionista, adaptado às condições postas pelo primeiro governo de Vargas.
Uma das primeiras medidas do Governo Provisório instalado com a Revolução de 1930 foi a de criar o Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública. Tratava-se de adaptar a educação a diretrizes que, notadamente a partir daí, se definiam tanto no campo político quanto no educacional. As reformas empreendidas pelo Governo Provisório, se não alcançaram a totalidade dos ramos de ensino, puderam fornecer uma estrutura orgânica ao ensino secundário, comercial e superior. Uma serie de decretos efetivou as chamadas Reformas Francisco Campos – primeiro titular do recém-criado Ministério – na educação brasileira que dentre outras podemos citar a Criação do Conselho Nacional de Educação, Organização da Universidade do Rio de Janeiro e a instituição do ensino religioso como matéria facultativa nas escolas públicas do país.
Entre os educadores, sobretudo no âmbito da Associação Brasileira de Educação (ABE), os projetos de construção de nacionalidade e de civismo vinham se estruturando desde os anos 1920. Para a igreja, a educação moral do povo brasileiro deveria ser de sua exclusiva competência. Tratava-se , para os católicos , de um esforço político , patriota , uma vez que colaborando para a pureza dos costumes , estariam formando homens úteis e conscientes , como os conhecimentos necessários aos bons cidadãos.
Evidentemente, o projeto da igreja encontrava forte reação entre intelectuais,