Reforma política: quem ganha com isso?
A população brasileira esta indignada com o cenário político atual, pois sente que o governo já não atende mais aos seus anseios. Vive-se uma crise de representatividade no país, diante disso muitos propõem algo inusitado no Brasil: a reforma política.
Atualmente, o modelo eleitoral brasileiro recebe inúmeras críticas de estudiosos devido ao obscuro ‘coeficiente eleitoral’, por meio do qual votos podem ser transferidos de um político para o outro. Isso faz com que políticos pouco votados sejam eleitos somente por pertencerem a um grande partido.
Outro ponto que se critica é o financiamento privado das campanhas, como muito ocorre no Brasil. Alega-se que as empresas que doam verbas nas eleições cobraram um retorno quando esses políticos forem eleitos. Dessa forma a democracia se enfraquece, pois em vez de defender os interesses da população, esses políticos defenderão somente interesses individuais.
Nesse contexto de reformas, é preciso um real comprometimento do governo com a população, para que esse não tente usar a insatisfação popular para promover seus próprios interesses. A proposta do voto proporcional misto, por exemplo, fortalece apenas os partidos que poderiam eleger metade do congresso como bem entendessem.
Um bom modelo que pode substituir o atual e defender os interesses do povo é o voto distrital. Nesse sistema, o país é dividido em regiões eleitorais e o povo escolhe seu representante em sua região. Isso faria o candidato se aproximar dos eleitores, bem como reduziria os custos das campanhas em até 70%. Nesse modelo enquanto os partidos perdem seu poder a população ganha mais qualidade de vida, saúde e educação; resta saber a vontade de quem prevalecerá no fim.