Reforma Politica-Aspecto Social
O comportamento e as motivações para a aceitabilidade da Reforma Religiosa diferem de acordo com a sociedade local. Na Alemanha o povo estava apto para receber os reformistas e seus novos dogmas dentro de uma igreja renovada. Para os cavaleiros significava possibilidade de luta e enriquecimento, para as cidades o desejo de liberdade de seus senhores eclesiásticos, para os artesões um aumento de lucrabilidade e para os camponeses, melhorias na sua condição de servos.
A sociedade européia sofreu a influência do Humanismo, este considerado precursor do Renascimento. Durante o Renascimento Europeu, principalmente no Norte da Itália e nos Países Baixos. ocorreu o resgate da cultura clássica pré-cristã e por conseqüente o confrontamento entre a Igreja Católica e os renascentistas. É esta nova cultura pré-moderna que influenciará e instigará a burguesia e a nobreza contra a supremacia da Igreja Católica. Leiamos o que nos escreveu Toynbee (1982, pp 606 -607) acerca do Renascimento europeu:
A contribuição de Florença ao Renascimento do Ocidente moderno foi tão notável quanto a de Atenas o fora para o florescimento da civilização grega helênica após 480 a.C. [...]. Todavia, nem Florença nem mesmo todo o Norte da Itália foi o único foco do florescimento cultural moderno do Ocidente. Flandres equiparava-se com o Norte da Itália como segundo pólo da vida ocidental, nos planos cultural e econômico.
A Reforma Religiosa pode ser descrita como um movimento religioso, social, político e econômico. Produto de um modelo religioso desgastado que ambicionava unificar a Europa Ocidental em torna da única igreja cristã a Católica Romana. Os acúmulos de riqueza e terras provenientes de conquistas, doações, usurpações, impostos, venda de indulgência e isenção de impostos por parte dos governantes, tornou a Igreja Romana uma das Instituições de maior poder a partir do medievo.
São duas as fontes inspiradoras dos reformistas, à vontade de