Reflexões sobre Práticas pedagógicas na Educação Física visando o desenvolvimento do senso crítico-político-social para discentes de escolas públicas estadual do Rio de Janeiro
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1 Introdução A abordagem de questões político-sociais proporcionando a formação de um senso crítico e autônomo no exercício da cidadania a partir destas, nas aulas ministradas a alunos e alunas da educação básica do estado do Rio de Janeiro é pouco ou nunca levada em consideração pela maioria dos professores(as) e comunidade escolar como um todo, onde daremos destaque especial aos profissionais que ministram as aulas da disciplina conhecida como Educação Física (aos quais pretende este trabalho alcançar mais especificamente). O que observamos em conversas e vivência diárias com nossos jovens é que seus conhecimentos adquiridos no que tange temas políticos básicos e conhecimentos em torno de sua atuação cidadã na sociedade, são insuficientes para que estes exerçam, de forma plena, suas cidadanias, pós período escolar básico. E então, se confirma o que todos de alguma forma já comentam: que as escolas estão formando e entregando à sociedade a cada término de ano letivo os chamados “analfabetos políticos”, além dos já conhecidos “analfabetos funcionais”. Mas, quem compõe a escola? Qual o papel que cabe à esta instituição na formação de novos cidadãos e cidadãs? Quais são os responsáveis por sua manutenção, funcionamento e direcionamento? As respostas a esses pertinentes questionamentos nos levam a uma análise da atuação e responsabilidade tanto da comunidade escolar, quanto dos municípios, governos estadual e federal neste processo educativo. Em relação à atuação responsável das comunidades escolares, é imperativo que estas busquem a colaboração de todas as personagens que a compõem: profissionais da educação e comunidade assistida, para que todos e todas juntos trabalhem em prol da implementação de um projeto político pedagógico realmente comprometido com a formação integral do seu corpo discente. Para isso é necessário implementar políticas internas que abra esse verdadeiro diálogo com a comunidade local e que também se defenda a todo custo a autonomia