REFLEXÕES NECESSÁRIAS
Deparamos-nos hoje com o que poderia ser impensado por aqueles que em séculos passados realizaram os perigosos primeiros desvendes da ciência, a mesma que originou a bomba atômica, as armas químicas, os agrotóxicos, a fome. Mas, temos hoje o mais destruidor dos males modernos, o consumismo. Um desenfreado e competitivo consumismo, onde pessoas são meras mercadorias em prateleiras para que grandes empresários as comprem e as domestiquem, entupindo-as entre outros com dioxinas, agrotóxicos, ftalatos, alquilfenóis e palavras como, "que delicia", "você nunca viu nada igual", "chegou a sua vez de ter...", perpetuando seus ganhos e ganâncias, saciando sua capacidade de ignorar a vida em sua plenitude, limitando-se ao seu único e restrito pensamento de MAIS e MAIS dinheiro. Não importando a quem tenha que enganar, subornar ou matar a mingua, mesmo que milhões de humanos famigerados e moribundos vaguem pelo grande planeta, e este, em processo acelerado de definhamento clama por ajuda.
"Eu não amaldiçoarei nunca mais a terra por causa do homem, porque os desígnios do homem são maus desde a sua infância"(Gen. 8, 21). Quem sabe o escrito bíblico nos dá uma pista, reorientando nossas condutas e valores, preservando nossa própria natureza, deixada de lado ou até mesmo desconhecida. Assim, anda-se numa ida sem volta ao shopping da ilusão cotidiana, mascarada na infelicidade do viver pelo viver, faz com que se sinta alegria e desejo quando vem uma logo marca antes do sabor, ou por ter um último tipo de qualquer coisa. Chega-se ao ponto de achar que o leite vem da caixinha, que o caminho é acumular capital, e que o problema não é meu.
Que pena, contenta-se com tão pouco, esquecendo-se do