reflexão
A poesia vale a reflexão:
“Neste momento existe uma criança saindo da reunião de pais, numa discussão quente com sua mãe, se perguntando por que ele tem que estudar matérias que nunca vai usar na vida. Ela vai olhar pra ele, com olhos vagos, fazer cara de dúvida, pensar por um momento e vai mentir. Ela vai dizer algo parecido com: ‘Pra você conseguir um bom emprego, você precisa de boas notas e essas matérias são importantes para isso. Nós nunca tivemos essa chance quando eu era mais nova’, e ele vai responder: ‘Mas você era mais nova há muito tempo atrás, não é mãe?’ e ela não vai responder, mesmo que faça todo sentido, mesmo que as necessidades das sociedades tenham mudado desde que ela tinha 16 anos.
Mas ela vai ignorá-lo, pegar ainda mais firme na mão dele e arrastá-lo para o carro. O que ela não sabe é que ela não o ignorou só pra ele calar a boca. Ela não mentiu porque estavam saindo de uma reunião de pais e uma briga no corredor ia pegar mal. Ela não vai mentir porque passou a última hora convencendo um professor sisudo que ia garantir que seu filho estudaria mais em casa. Não. Ela vai mentir simplesmente porque nem ela tem uma resposta. Mesmo que em toda sua vida ela nunca tenha usado Teorema de Pitágoras, Falácia Patética e ainda não saiba o valor de ‘X’. Ela vai confiar na palavra da sociedade que vai dizer que o seu filho, uma das mentes mais afiadas da escola, é hiperativo, não se concentra, se distrai facilmente e é desobediente.
Estudantes! Quantas equações, matérias e datas vocês memorizaram logo antes de uma prova para nunca mais usar? Quantas notas boas vocês conseguiram e que nunca foram mencionadas em uma entrevista de emprego? Quantas vezes vocês lembraram de alguma coisa minutos depois que o professor disse: ‘Parem de escrever’, só para