Reflexão da palavra
XLV DIA MUNDIAL DA PAZ
1ª Leitura: Números 6,22-27
Salmo Responsorial: Sl 66/67
2ª Leitura: Gálatas 4,4-7
Evangelho: Lucas 2,16-21
“A PRIMEIRA EDUCAÇÃO CONSISTE EM APRENDER A RECONHECER NO HOMEM A IMAGEM DO CRIADOR” (Papa Bento XVI)¹
Assistindo às retrospectivas, ou seja, ao resumo dos acontecimentos jornalísticos do ano, que os canais de televisão ofertam a seus telespectadores, é possível ter uma ideia de como caminhamos neste ano. Não pelas notícias, que evidenciam as desgraças que ao longo do ano aconteceram, mas pela sede que hoje temos de ver e rever as desgraças ocorridas com os outros; não é sem razão que tais programas são amparados por grande audiência, e vejam, a contar pelas notícias que são apresentadas, na maioria, desgraças, vemos que em nada nos acrescenta de positivo, apenas reforça a desilusão numa vida melhor e nos deixa ainda mais, mergulhados na depressão e na angústia, com o sentimento de que este mundo não tem mesmo jeito, de que nada neste mundo mudará. Isto é uma mentira, e se ainda não é, também não é uma verdade absoluta.
O mistério da encarnação do Verbo Divino, que não se encerra no nascimento de Jesus, mas que possui um caráter transversal na nossa história: criação, caminhada, revelação, anunciação, encarnação, sacrifício, ressurreição, ascensão, santificação, anúncio e salvação, nos revela que os momentos de crise que se apresentam, estes são passageiros, mas a vida se mantém, e se mantém fortalecida quando superadas as crises. Por isso Paulo se refere, na Segunda Leitura sobre a plenitude dos tempos. Plenitude não é o fim dos tempos, é antes o kairós, o tempo oportuno para a revelação da graça que já estava junto à criação, mas esta era então incapaz de enxergá-la; poderíamos substituir o termo plenitude por sinais, isto é, sinais dos tempos que nos revelam a necessidade de aprofundar o relacionamento com Deus, nosso fim, e consequentemente com o próximo, aquele que expressa