reflexao
Mas, apesar de os pacientes serem permanentemente supervisionados, principalmente pela enfermeira Ratched,sendo mesmo tratados como crianças privadas de liberdade obrigadas a cumprir horários, rotinas e medicamentos (que outra coisa não são senão drogas) irão mudar de atitude com a presença de McMurphy, quevai rapidamente destabilizar a rotina dos pacientes com quem convive. Este tentará quebrar a ordem imposta, tentando recordar o livre arbítrio e a saúde mental que daí advém afinal, a liberdade e acapacidade de decisão individual são aquilo que nos torna humanos.
Mais tarde, viemos a descobrir que muitos dos hóspedes da clínica são voluntários. Ou pelo menos, começaram como voluntários. Contudo,é fácil entrar. O difícil é sair. Há sempre uma forma de inverter a realidade e considerar alguém louco. E, naquele hospital quem não é doido, passa-se por doido, mas acaba inevitavelmente doido esem autonomia, digno de descrédito, acabando mesmo por acontecer a McMurphy, que quando tem a oportunidade de escapar e deixa-se ficar, naquele refúgio do mundo.
Quanto à minha opinião relativamente aofilme, acho que reflecte em pleno o funcionamento dos hospitais psiquiátricos de 1975 e, muito provavelmente ainda em tempos recentes embora, seja de notar os vários progressos feitos nesta área. Étambém preciso ter em conta que muitos dos pacientes não são doidos, são é de tal forma tratados como tal que ou se convertem à loucura por sua livre vontade, ou se condenam a si mesmo aos “castigos”...