Referencial Psicologia Humanista
Fenomenologia (do grego phainesthai - aquilo que se apresenta ou que se mostra - e logos - explicação, estudo). Em outras palavras:
“descrição daquilo que aparece ou ciência que tem como objetivo ou projeto essa descrição” (ABBAGNANO, 2000, p. 437, apud SILVA, Paulo).
A fenomenologia como se pode perceber, esta relacionada diretamente ao conceito de fenômeno evidenciando a importância dos fenômenos da consciência, os quais devem ser estudados em si mesmos, na forma como eles se apresentam, se mostram. Fazendo assim uma critica ao psicologismo que era um poderoso método de investigação.
A fenomenologia surge com Husserl no final do século XIX, inicio do século XX, e se apresenta como um método de investigação que tem o propósito de apreender o fenômeno, isto é, a aparição das coisas à consciência, de uma maneira rigorosa. Diferente dos métodos das ciências naturais, que visam entender o seu objeto por meio de observações, explicações, descrições e testes formais, que podem ser comprovados e mensurados, evidenciando seu caráter positivista. Por outro lado o método fenomenológico busca compreender as razões que suscitam determinada atitude, ou seja é perceber o comportamento naquilo que lhe é mais profundo e próprio, do ponte de vista da intenção que o anuncia. Dessa forma Husserl buscou especificar o sujeito fenomênico, ou eu, como pessoa empírica, que distingue da referencia do conteúdo da consciências, em nosso sentido de vivência. Mas é preciso notar que:
Esta referência do objeto fenomênico (que se pode chamar também conteúdo de consciência) ao sujeito fenomênico, ao eu, como pessoa empírica, como coisa, é, naturalmente, distinta da referência do conteúdo de consciência, em nosso sentido de vivência, à consciência no sentido da unidade dos conteúdos de consciência (ou da consciência fenomenológica do eu empírico). Ali se trata da relação entre duas coisas aparentes; aqui da relação de uma vivência solta com a compleição das vivências