Refacção textual
2.1. Língua
Toda relação social se efetiva a partir da linguagem que se estabelece entre duas ou mais pessoas e a língua será o meio pelo qual essa relação se concretizará. A fala é um bem social e suas múltiplas vertentes possibilitam a comunicação nas mais variadas situações de interação sócio-comunicativa. Todo individuo possui a capacidade de estabelecer comunicação na sua língua e, obedecendo à ordem natural de desenvolvimento humano, em outras línguas também. Azeredo (2006) defende que:
“O fato de que todos os grupos humanos dominam alguma língua e se comunicam por meio dela parece reforçar a crença em que o dom da fala é tão natural quanto o de ver, de ouvir, o de respirar ou de locomover-se.” (p. 13.)
Mais que uma habilidade, a língua é uma necessidade humana, assimilada e modificada ao longo da vida do individuo, de acordo com suas experiências e necessidades. A língua é também um bem cultural de um povo. Por isso, desenvolver o conhecimento sobre as estrutura e funcionalidade de uma língua é um meio de fazer com que seus falantes concebam as mais variadas experiências e possibilidades, inatas a todos. Azeredo (Op. Cit.) diz ainda que:
“A língua que falamos, que é um bem coletivo, nos ajuda a estruturar essa experiência única e individual, mas, para fazer isso, reprocessa essa experiência, seleciona alguns de seus aspectos e a formata nos limites de um código coletivo de representação e comunicação”. (2006, p. 14.)
Interagir através da língua não requer, em certos graus de conversação, um domínio de sua estrutura e funcionamento. Esse conhecimento é adquirido naturalmente durante o desenvolvimento do indivíduo numa sociedade e com o acesso à escola. O ato da fala desenvolve-se, quase que mecanicamente, pela repetição, adequado às necessidades do convívio social. Assim, uma criança que está na fase de aquisição da