Reescrevendo o futuro
A existência do alto índice de analfabetismo no Brasil se constitui como grave problema social que atinge milhões de pessoas maiores de quinze anos de idade que não completaram os quatro anos de escolaridade. Nesse grande contigente, estão inclusas cerca de 15 milhões de pessoas identificadas como analfabetas pelo censo de 1996 e, uma considerável parcela que dominam precariamente a leitura e a escrita. No Estado do Amazonas aproximadamente 36% dos habitantes, espalhados pela capital e municípios, encontram-se na condição de analfabetismo.
A constatação da gravidade do problema tanto à nível nacional quanto estadual e municipal, tem levado as autoridades governamentais e sociedade civil, por intermédio das instituições de ensino e pesquisa, implementar programas e projetos de alfabetização de jovens e adultos. No Amazonas, estado onde existe um dos maiores índices de analfabetismo, está sendo implementado, desde o início do ano de 2003 pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em parceria com os Governos Estadual e Federal, um projeto chamado “Reescrevendo o Futuro”, com o propósito de combater o iletrismo no Estado.
É de fundamental importância que o projeto “Reescrevendo o Futuro” se caracterize como objeto de pesquisa, para realizar uma análise das práticas desenvolvidas pelos sujeitos responsáveis pela sua construção e concretização, procurando avaliar os efeitos ou impactos que as referidas práticas têm provocado nas pessoas, nas comunidades e nas dinâmicas dos municípios do Estado.
É fato, que na condição de analfabetas as pessoas ficam impedidas de utilizar eficazmente as habilidades da leitura e escrita para continuar aprendendo, para acessar informações essenciais a uma inserção eficiente e autônoma nas diversas dimensões que caracterizam as sociedades contemporâneas.
Por isso, é imprescindível e relevante que a população amazonense, inserida no mundo contemporâneo, tenha acesso