Redução de lead times produtivos
Procura-se nesse quinto capítulo apresentar a forma como os sistemas de produção JIT tratam a questão da redução dos diversos tempos componentes do lead time produtivo na busca pela flexibilidade. Inicialmente, define-se o lead time produtivo como o somatório dos tempos de espera, processamento, inspeção e transporte, sendo que o tempo de espera pode ser decomposto em espera para a programação da produção, espera na fila do recurso e espera no lote de produção. Cada um desses tempos componentes do lead time produtivo é descrito segundo a ótica dos sistemas convencional para, posteriormente, ser apresentada a proposta dos sistemas de produção JIT para reduzi-los. As técnicas de troca rápida de ferramentas (TRF), necessárias para a produção econômica de pequenos lotes, fundamentais para a redução de vários dos tempos componentes do lead time produtivo, são também descritas, assim como os conceitos de autonomação e dispositivos à prova de erro.
5.1 INTRODUÇÃO
Lead time, ou tempo de atravessamento ou fluxo, é uma medida do tempo gasto pelo sistema produtivo para transformar matérias-primas em produtos acabados. Pode-se tanto considerar esse tempo de forma ampla, denominando-o como lead time do cliente, quando pretende-se medir o tempo desde a solicitação do produto pelo cliente até sua efetiva entrega ao mesmo, como pode-se considerar esse tempo de forma restrita, lead time de produção, levando-se em conta apenas as atividades internas ao sistema de manufatura. Nesse capítulo serão analisadas as atividades internas ao sistema de manufatura, considerando-se o desdobramento dos tempos que compõem os lead times produtivos. As questões referentes ao relacionamento entre fornecedores e clientes serão tratadas no capítulo onde se discutirá a proposta da filosofia JIT/TQC para a logística da cadeia produtiva. Sendo o lead time uma medida de tempo, ele está relacionado à flexibilidade do sistema produtivo em responder à uma solicitação