Redes De Firmas E Cadeia Produtivas
1 - Introdução
Gradativamente,as corporações abandonam determinadas atividades consideradas periféricas ou não essenciais para a lucratividade e a segurança do negocio, transferindo-as a terceiras empresas. Em decorrência, celebra-se o surgimento de redes de firmas nas quais as relações entre os participantes freqüentemente são pautadas por acordos de longo prazo e pelo comprometimento mutuo dos parceiros com investimentos em ativos específicos, integração logística e gestão unificada da qualidade. A rede de firmas caracteriza-se por sua situação intermediaria entre o mercado atomizado, onde as relações entre empresas são regidas pelos mecanismos de preços, e a empresa verticalmente integrada, onde cada etapa da produção é planejada por uma hierarquia centralizada.
Esse capítulo analisa o processo de inovação organizacional coletivo característico das redes de firmas destacando três aspectos principais. O primeiro diz respeito à relação entre redes de firmas e competitividade, ou seja, as razões pelas quais as empresas são induzidas a redefinir suas estratégias empresarias no sentido de incorporar maior cooperação. O segundo aspecto analisado é como as redes são estruturadas, segundo as diferentes formas de hierarquia e coordenação. As redes podem ser divididas em hierarquizadas (ou verticais) e horizontais.
Terceiro, é abordada a questão da mobilidade dentro das redes visando a mostrar como uma empresa pode ou não evoluir em termos de agregação de valor e assumir novos papeis no âmbito de uma rede.
2 - Redes de firmas e competitividade
O processo em curso de mudanças tecnológicas, institucionais e nas relações com o mercado vem exigido maior especialização produtiva e formas mais estruturadas de cooperação entre empresas. Em conseqüência, o modelo da verticalização vem sendo gradativamente superado por novas formas de articulação institucional que permitam obter maior competitividade no mercado global.
Do ponto de vista