Redação
Um dos grandes filmes que acabei deixando passar em seu lançamento, foi "As aventuras de Pi". Por incrível que pareça só fui resolver assisti-lo neste final de semana. Um tanto quanto atrasado, mas mesmo assim valeu muito a pena apreciar a obra que deu a Ang Lee o Oscar de melhor diretor.
Então, sendo preciso logo de cara, não irei fazer uma resenha sobre o filme, pois não há nexo para isso. Afinal, o filme foi lançado no inicio do ano e muitos já viram. O meu real objetivo, é explicar e tentar esclarecer o verdadeiro sentido daquele final que muitos não entenderam.
Primeiramente, o filme terminou de maneira surpreendente, de tal modo que exigiu interpretação e atenção para entender o real significado.
Quando toda a história se desenrola e o contexto parece encontrar um desfecho, é exatamente esse o momento que surge o surpreendente.
Vamos ao ponto então. A história que Pi conta no final do filme é a verdadeira, e a primeira narrada, que possui o foco principal do enredo e se dá no decorrer da trama com os animais, é só uma maneira figurativa de mostrar o verdadeiro conflito interno em que o protagonista da trama passa. Sendo assim, dando ênfase principalmente à luta incessante pela sobrevivência.
No exato momento em que Pi é entrevistado pelos investigadores japoneses, é que passei a desconfiar de tudo. Os entrevistadores inicialmente não acreditaram no que foi relatado, deste modo, insistiram para ouvir a história menos fantasiosa e verdadeira. Mas após Pi contar o que realmente aconteceu, os próprios optaram por acreditar na fictícia, da mesma maneira que o escritor que ouve a narrativa no final do filme resolve acreditar.
E então nos perguntamos o seguinte, por quê tanto os investigadores quanto o escritor resolvem acreditar e relatarem uma história absurda e