Redação
O presente trabalho tem por objetivo analisar a atual conjuntura da política de assistência social do governo Lula e o seu rebatimento na sociedade.
A trajetória da política de assistência social no Brasil, apesar de representar grandes avanços com a Constituição de 1988 sempre trouxe intrínseca à sua dinâmica o caráter contraditório e minimalista da conjuntura neoliberal, tendo sua expressão máxima na atualidade com os programas de transferência de renda.
Desta forma iniciamos o trabalho retomando a historicidade da assistência social no Brasil desde a década de 1930 até a contemporaneidade. Procuramos enfatizar a configuração da política de assistência social em cada governo, destacando conjuntamente as mudanças realizadas a fim de analisar os principais entraves, avanços e possibilidades na organização e implementação da política de assistência social no Brasil.
1. Retomada histórica da política de Assistência Social no Brasil
A história da Assistência Social no Brasil é marcada por diferentes conjunturas e rebatimentos políticos que exercem grande influência na forma como o Estado formula e implementa as políticas sociais. Dessa forma é relevante refazer uma retomada histórica acerca das políticas sócias, dando ênfase à assistência. Com a “revolução de 30”, ocorre um incipiente projeto de industrialização e urbanização, buscando a expansão das relações capitalistas, intensificando-se no governo de Getúlio Vargas. Outro fator de fundamental importância para a análise conjuntural e política dessa época é a classe operária incipiente, que começou a se organizar, sendo que a pressão exercida por ela, além de uma necessidade de acumulação que precisava de uma base jurídica e social para alcançar legitimidade, começa a exigir do Estado algumas intervenções, o que se materializou principalmente com a criação das Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPS),