Redação
Rótulos me incomodam e esse termo me inquieta por sua conotação pejorativa, parece alguma coisa ditada pelo “modismo” e completamente vazia de qualquer boa intenção verdadeira, e já começam a surgir correntes contrárias de pensamento.
Para os que são contrários, os chamados “politicamente corretos” são no mínimo ingênuos - não vivem num mundo real - e no máximo mal intensionados. Essa expressão soa suspeita e sem dúvida está aí algo que pode ser largamente utilizado para fins políticos, e é.
Vamos então ao que hoje é rotulado de “politicamente correto”: defender os animais e o planeta, achar que a natureza é sempre bela, achar que as minorias raciais, indígenas, sexuais também têm direitos, que a diversidade cultural é boa , que as religiões querem a mesma coisa, que a democracia é o regime ideal de governo e que somos todos iguais.
Deixando de lado os exageros que costumam surgir sobre o assunto, não há como negar que existem espécies animais em extinção ou já extintas e que o planeta de fato está cada dia mais mal tratado por causa do progresso acelerado, do crescimento desordenado das cidades, do aumento da população; enfim tudo isso que a gente já sabe. Mas nesse ponto, concordo que se for para “levantar bandeiras” é melhor que seja com conhecimento de causa, e claro que ninguém pretende voltar ao tempo das cavernas.
Já ouvi absurdos do tipo “como alguém pode dizer que defende os animais se come a carne deles?”. Mas matar um animal para se alimentar é diferente de matá-lo por esporte, por considerá-lo iguaria exótica de luxo, para a indústria da moda e por crendices. Mesmo para o alimento cotidiano, a morte do animal hoje em dia não precisa ser cruel. E por que preciso usar cachorros por exemplo, para testes de medicamentos e cosméticos?
Acho justo que as minorias queiram direitos jurídicos iguais e não caiam na armadilha fácil de “vítimas” eternas à espera de um salvador, porque autopiedade paralisa e as tornam presas