Redação
Por Marcos Filipe.
- Não, o melhor é não falares, não explicares coisa alguma. Tudo agora está suspenso. Nada agüenta mais nada. E sabe Deus o que é que desencadeiam as catástrofes, o que é que derruba um castelo de cartas! Não se sabe... umas vezes passa uma avalanche e não morre uma mosca... outras vezes senta uma mosca e desaba uma cidade.
Epílogo
--- Mario Quintana
Cap. 02 - Acordando de novo
- “Eu não fui para o inferno, mas não tenho as asas deles!”
No meio do fim me sinto só. Lembranças? Só tenho de hoje! Dentre todas, ela é a que mais me chamou atenção... é! Pelo menos ela está lá.
Pelo menos ela olha pra mim; lá de cima!
Aonde minha voz não chega, nem meus olhares são nítidos, mas ela está lá...
Isso é bom... isso me conforta da solidão.
É difícil não poder falar...
Difícil expressar o que se sente em gestos... mas eu tento.
Os destroços e as pessoas...
coisas mortas!
Minha sombra pálida parece ser o último sobrevivente do mundo.
Quando isso acaba? Isso acaba?
Pelo menos ela olha pra mim!
Isso não acaba...
Cap. 03 - No passado
Desejos? Tenho vários... Em meio a tudo isso, eles até parecem simples... humildes!
Se eu tivesse que escolher um... por que não ter a memória de volta?...
Ou poder me tornar um deles e deixar essa terra de confusão?...
Por quê? Mas por que eu só quero chegar até ela? Por que só isso?
Por quê?... Por quê?!
- “... verdade!”
Por que ela olha pra mim?
Isso me conforta, sim, mas me intriga ao mesmo tempo.
Curiosidade?... Empatia?... Paixão?...
Sadismo?
Deve ser!
Só pode...
olhar atentamente outro sofrer! Rir enquanto outro agoniza...
Essa sempre foi à natureza do homem... minha natureza...
Pelo menos... é assim que eu me lembro!
Cap. 04 - No presente
Uma lembrança! Só isso...
Um flash;... um filme antigo rodando na minha cabeça. Em dois segundos minha vida volta como era! Tudo volta como era... como eu era! Como