redação: o homem de recife
Era 22:15 hs, rua Conde da Boa Vista, em Recife, andava um homem, Ele era alto, cabelos pretos, não era bonito, mas tinha um charme singular.
Caminhava ele, com um desbotado sorriso no rosto, em sua mão, um aparelho de telefone celular denunciava que aguardava ansiosamente uma ligação.
Suas mãos estavam suadas, seu coração disparado, seus olhos aprofundados porém não enganavam; ele estava ansioso e preocupado – será que vai dar certo dessa vez? Quase sem perceber, la estava ele, em cima da ponte sobre o rio Capibaribe, contemplando as luzes coloridas que enfeitam a “Veneza do Nordeste”. A Cidade estava em silencio, era segunda feira, e, o homem de recife estava tentando enganar a sí mesmo, olhando varias vezes no relógio, que já marcava 23:00hs, procurando dentro de sí um lampejo de esperança, a cada minuto que se passava, tentou rir… riu alto, meneando a cabeça, mas era um riso falso, numa solidão que lhe açoitava o coração; tantos planos, tanta espera e parece que mais uma vez iria frustrar-se. O Homem de Recife, levantou a cabeça, era meia noite, estava no “famoso” Centro Velho da cidade, d’onde de longe escutava as ondas do mar naquela noite quente, que parecia zombar-lhe.
Ao voltar para o lugar em que ia passar uma angustiante noite, alguem, um menino, lhe pediu um trocado, o menino estava sujo e maltratado, mendigando na rua, mas foi muito simpatico com o Homem de Recife, talvez seria o único ser vivo que realmente levou esse Homem a serio nessa Cidade. Conversaram, o Homem de Recife contou sua historia, e simultaneamente ouviu a do jovem rapaz. Ao se despedirem, o Homem de Recife lhe deu uma nota de 20,00 R$ ao moço, em sinal de gratidão por te-lo ouvido por mais de 1 hora e lhe pediu para tirar uma foto ali, na ponte tendo a vista do magnifico Rio Capibaribe. Uma pena; pois o rapaz ativou o zoom da camera sem querer, e retratou apenas o rosto do Homem de Recife, um rosto de um derrotado. No outro dia, o telefone