redação jurídica
Além do mais, só recentemente as companhias são obrigadas a restringir o horário de veiculação de propagandase a emitir comunicado de que o fumo é prejudicial à saúde. Isso, infelizmente, não chegou a impedir que Dijanira se tornasse viciada em cigarros, uma vez que era fumante de longa data, motivo peloqual a família pleiteia indenização por dano.
Após a descoberta do câncer, lutou duramente contra o vício: "Minha mãe tentou parar de fumar, mas as crises horríveis de abstinência e a depressãoatrapalharam muito. Quando conseguiu vencer o vício, a metástase estava diagnosticada".
Em 28 de setembro de 1999, faleceu em decorrência de câncer pulmonar, provocado pelo fumo excessivo do cigarro de marcaHollywood, da companhia Souza Cruz S.A.
Paulo Gomes, advogado representante da Souza Cruz, afirma que a empresa cumpre as determinações legais e que seu produto apresenta todas as informações aosconsumidores. Em relação às propagandas, sustenta que a apresentação de jovens saudáveis em ambientes paradisíacos não é prática apenas da indústria tabagista: "Desconheço a existência de publicidadeque vincule produtos a modelos desgraciosos ou cenários deprimentes, que causem repulsa ao público-alvo. Ademais, os consumidores têm o livre-arbítrio de escolher o que consumir e o quanto consumir".Segundo o advogado da família, os estudos comprovam a nocividade do cigarro, que contêm mais de quatro mil substâncias químicas: "Entre elas está o formol usado na conservação de cadáver, o