Redação: Inserção da mulher no poder.
Vivemos em uma sociedade na qual a discussão sobre gênero ainda é sinônimo de preconceito. Isso se dá devido ao imaginário de superioridade masculina que permeia as relações sociais, dificultando, sistematicamente, as mulheres de assumirem qualquer papel público perante a sociedade. A condição histórica da mulher é instituída unicamente em relação a sua responsabilidade em assumir os afazeres domésticos e a condição de mero objeto de procriação.
Todavia, com o crescimento predatório e constante do mundo capitalista, a mulher pôde ser – precariamente – inserida no mercado de trabalho, rompendo – parcialmente – com velhos paradigmas, oferecendo mínima visibilidade a mulher, retirando-a de sua casa e passando a vigiá-la e usá-la pública e capitalísticamente.
Apesar de algumas mudanças ao longo do tempo, advindas, especialmente, do processo de redemocratização, com significativas conquistas e avanços com relação às questões de gênero, ainda enfrentamos cotidianamente situações de discriminação em se tratando da mulher. As lutas em busca de direitos e igualdade entre os gêneros marcam historicamente a identidade feminina. Mesmo com muitas conquistas e avanços ao longo do tempo, a mulher tem almejado inserir-se em espaços estratégicos e de decisão como possibilidade de serem evitados retrocessos. Os movimentos feministas, as inúmeras marchas que reúnem milhares de mulheres – demais militantes da causa – em todo o mundo, que sempre saiam em busca de direitos negados e a da igualdade de gêneros, foram marcas desses avanços. Em Pernambuco, este movimento conta com entidades sociais e Organizações não Governamentais que têm como foco principal, incentivar as mulheres a denunciarem as violências sofridas, assim como, conscientizar acerca dos direitos feminis. A persistência da mulher em busca do reconhecimento público é parte de uma luta maior: a do respeito à figura feminina. A