TCC
Tema
No tempo presente, o sexo feminino representa um índice de 64% no jornalismo brasileiro, segundo um levantamento divulgado em abril de 2013, pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Jornais, revistas, agências de notícias, rádios, TVs, sites são veículos que, mais do que nunca, aceitam a presença da mulher e valorizam seus mais variados trabalhos no ramo jornalístico.
Esse espaço, contudo, foi conquistado ao longo de décadas. No século XVIII, a história da imprensa brasileira surgia em meio aos obstáculos impostos pelas autoridades portuguesas e holandesas. O Brasil era uma colônia que subordinava-se ao retardo do processo da educação e difusão cultural. Mas, algumas exigências coloniais não impediram que, em 1750, o primeiro folheto fosse impresso no país - chamado Relação da Entrada. Anos mais tarde, em 1808, nascia a Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal brasileiro dirigido por frei Tibúrcio José da Rocha, sendo, mais tarde, substituído por Manuel Ferreira de Araújo Guimarães.
Não diferentemente de outras áreas profissionais, sociais e intelectuais, o jornalismo, desde os primórdios, acompanhou tradições, políticas e costumes de uma sociedade que, por séculos, foi comandada por homens. Assim também foram os primeiros jornais, redigidos e dirigidos por eles. Em contrapartida, as mulheres foram ocupando seu espaço na literatura, política e, também, na imprensa.
No livro História da Imprensa no Brasil, o autor Nelson Werneck Sodré, mostra que a participação da mulher na imprensa deu-se no Brasil Império. Violante Atalipa Ximenes de Bivar e Velasco foi a primeira mulher a colaborar e dirigir um jornal em território nacional.
O quadro antigo vai sofrendo alterações, particularmente nas áreas urbanas que ganham vida própria, emancipando-se gradativamente, essas mudanças, com diferenciações progressivas. Até mesmo em relação à mulher: a baiana Violante Ataliba Ximenes de Bivar e Velasco lança, então, o Jornal das Senhoras, em 1852,