Reda O Consumismo

Nos tempos de Guerra Fria, um dos maiores influenciadores do consumismo mundial foi o “american way of life”. Tal corrente afirmava que o jeito americano de viver era melhor e mais fácil de alcançar a felicidade, influenciando não só o que comprar, como também os modelos de família e vida a serem seguidos. Após a queda da União Soviética, os EUA ascenderam como potência mundial absoluta, difundindo, cada vez mais, esses valores. Nos tempos atuais, a modernidade e seus efeitos são estudados por diversas áreas do conhecimento. O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, encontrou o que seria a melhor definição “a modernidade é líquida”. Nada é duradouro, nada é efetivo e a plenitude humana está na capacidade de consumir.
A fase hodierna encontra-se tão exacerbada que até crianças e jovens, ou principalmente crianças e jovens, julgam seus semelhantes de acordo com as regras do consumo. A marca do lápis, da mochila, do tênis, da camiseta são o que definem quem deve ou não ser parte do ciclo de amizade. A mídia, por sua vez, se aproveita dessa condição e ajuda a agravá-la. Um exemplo disso é uma famosa propaganda de 1992 sobre uma tesoura do Mickey em que uma criança passa 15 segundos repetindo “eu tenho, você não tem”, de forma a instigar nas outras o desejo de também possuí-la.
Além da mídia, os impérios ditadores também fazem seu papel nesse processo. Marcas como Hollister e Abercrombie, termômetros entre os adolescentes, já declararam que não produzem roupas em tamanhos maiores. Ou seja, além de excluir pelo critério “poder ou não comprar”, agora também determinam o tipo de corpo ideal. Outra grande trata-se da Apple, que, apesar de suas imensuráveis contribuições para a tecnologia na figura de Steve Jobs, lança um novo modelo de aparelho no período de, no máximo, um ano. Dessa forma, o que era novo agora, já é ultrapassado amanhã.
Por consequência, os indivíduos que consideram o consumismo como quase uma filosofia de vida, que são muitos, nunca estão satisfeitos com suas