Recursos Naturais e Gestão de Território
Tem-se debatido muito nas últimas décadas sobre a possível “insustentabilidade” ambiental do atual modelo civilizatório de desenvolvimento. Isto se deve aos graves problemas ambientais causados pelo uso intensivo dos recursos naturais em várias regiões do mundo. Alguns ambientalistas acreditam que a solução para a questão ambiental, neste quadro, só se dará com mudanças radicais no paradigma da atual trajetória do modelo capitalista; já outros, somados a maioria dos cientistas, políticos, governantes, etc, tentam buscar em políticas e estratégias ortodoxas, formas de ajustar a capacidade ecossistêmica da natureza a este mesmo modelo. Nenhuma das duas propostas, até agora, encontraram bases teóricas conceituais convincentes. Porém, uma das constatações quase unânimes, tanto por um grupo como pelo outro, é que não há como retroceder a trajetória tecnológica a qual a sociedade moderna está inserida. O uso da tecnologia em praticamente todos os setores da vida humana é uma realidade constante nos últimos anos do século XX. Salienta-se, entretanto, que a busca do “modelo americanizado” de se viver, baseado no consumismo e na utilização desenfreada dos recursos ambientais, provavelmente, levará o planeta Terra ao seu esgotamento.
Resumo: Este artigo se propõe abordar algumas questões que comprovam a (ir)racionalidade do atual modelo de desenvolvimento, no que ser refere a utilização dos recursos naturais do planeta. Além disso, discute a participação dos movimentos ambientalistas e suas políticas visando a preservação do meio ambiente e por fim sugere uma nova racionalidade ambiental baseada especialmente nas aspirações e nas estratégias produtivas das comunidades locais.
Objetivo: Recursos naturais, racionalidade e cidadão.