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Confissão inicial:
Fofoca ou citação?

Na confissão inicial a autora nos conta de sua intenção de escrever sobre a citação, tema o qual encontrou inúmeras publicações, contendo muito pouco alem de regras e recomendações, até mesmo a obra de Umberto Eco, como fazer uma tese, dedica apenas 9 páginas à citação, divididas em dois itens: “Quando e como citar: dez regras” e “Citações, paráfrases e plágio”. A autora nos conta que uma frase do livro de Compagnon a acompanha por anos e que a tem citado em muitas palestras que diz o seguinte: “A citação não é falsa nem verdadeira. Não se pode julgas o valor de uma citação.”, nos diz que ficou marcada em sua memória, mas nunca a anotou tampouco a registrou a página que ela se encontrava, então surgiu à dívida, será que ela há havia inventado? Criou uma fofoca ou um boato? Recorrendo a Freud ela pode notar que nesse episódio ocorrerá uma lembrança encobridora, que é uma recordação construída a partir de fragmentos vividos [...]. O próprio Compagnon da algumas pistas para explicar o ocorrido, ele afirma que a citação é um sintoma. Algumas idéias fortes de Compagnon a afetaram, idéias que vão ao sentido da suposta falsa citação, foram esquecidas e voltaram em forma de sintoma, emergindo como repetição em diversas ocasiões. O sintoma, lembrança encobridora ou ato falho, fez descarregar o que devia ser uma citação para o lado da fofoca, pelo simples fato de ela não dar, a seu ouvinte, o direito de conferir o que o autor citado escreverá de fato [...]. Provavelmente ninguém duvidou de sua palavra, nem mesmo ela, mas ela havia se enganado como todos se enganam alguma vez. Se a autora tivesse citado como manda o figurino, quem escutou teria a possibilidade, mesmo que tivesse muito trabalho para tal, de ir até o texto citado, e conferir se ela tinha sido fiel ou não às palavras do autor. Mas como ela não ofereceu as coordenadas precisas ao leitor para tal verificação, ela está de alguma maneira solicitando que os