Recursos humanos
Em recente artigo publicado neste Jornal de Hoje, intitulado Conteúdo Adulto, fiz uma análise sobre filmes infantis e o ambiente interno das empresas. O artigo teve uma grande repercussão. Muitas pessoas me enviaram mensagens pedindo novas abordagens sobre o tema. Como quem manda é o freguês, aqui vai o primeiro.
“Vida de Inseto” é um exemplo simplesmente maravilhoso. O filme é recheado de mensagens que parecem inspiradas no competitivo mundo das organizações. Uma aula de gestão de recursos humanos. Afinal, não existe empresa de uma só pessoa. O trabalho em equipe é a essência de uma organização. Quando pensamos em equipes, naturalmente pensamos em liderança. Todavia, a idéia de liderança ainda é mal compreendida por um grande número de “supostos líderes”.
O líder de um grupo não é necessariamente aquele que está no comando. Existem donos de empresas, diretores e gerentes que não lideram seus times. A liderança também nem sempre é positiva; existem pessoas que podem liderar um grupo para o fracasso coletivo. Líderes jamais são impostos: a liderança é algo que é percebida e aceita muitas vezes de forma subconsciente. O líder que precisa mostrar documento para provar que manda é apenas uma figura emblemática, não um verdadeiro líder. Nem sempre o líder é o mais simpático; ou o mais inteligente; muitas vezes ele nem mesmo é o mais competente. Ele simplesmente lidera – e a equipe inteira o tem como modelo e o segue.
A liderança também é situacional e depende de fatores externos. Um líder em determinada situação pode ser o liderado em outra. Afinal, pessoas têm perfis, personalidades e caracteres diferentes.
No filme em questão, o personagem principal, a formiguinha Flik, é um grande exemplo disso. Em sua colônia ele é totalmente desprezado. Porém, sua equipe de insetos, arregimentada para salvar as formigas da exploração dos gafanhotos, segue-o fielmente.
Entretanto, há um aspecto destacado pelo filme que é para mim o mais importante. A