Recursos humanos
Moacir Roberto Darolt1 e Francisco Skora Neto2
1
Pesquisador Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) – Curitiba,PR – darolt@iapar.br
2
Pesquisador IAPAR – Ponta Grossa,PR – skora@iapar.br
O objetivo deste artigo é discutir as possibilidades de se utilizar o sistema de plantio direto em agricultura orgânica, observando principais entraves e possíveis soluções que vêm sendo utilizadas por agricultores pioneiros. Neste sentido, foram levantados alguns indicadores técnicos e econômicos que possam servir de comparação entre sistema orgânico e convencional. Desafios, Contradições e Dificuldades
Fazer plantio direto sem o uso de herbicidas é um dos grandes desafios da atualidade para a pesquisa, assistência técnica e agricultores. Uma das principais críticas de quem defende o plantio direto é a de que os agricultores orgânicos costumam revolver demasiadamente o solo. Em nosso trabalho de pesquisa com produtores orgânicos, verificamos que ainda é grande o uso de implementos como a rotativa que movimentam excessivamente o solo, o que não está totalmente de acordo com os princípios orgânicos (Darolt, 2000). De outro lado, os agricultores orgânicos criticam os usuários do sistema plantio direto pelo uso exagerado de herbicidas, a grande dependência de empresas químicas, a possibilidade de contaminação das fontes de água com agroquímicos e o possível uso de sementes transgênicas.
Em verdade, a melhor saída para atender os preceitos da sustentabilidade seria a prática do plantio direto seguindo os princípios orgânicos. Muitos agricultores, que têm trabalhado com plantio direto no sentido de reduzir a utilização de agroquímicos, já se aproximam - em certa medida - do ideário da agricultura orgânica. Para se tornarem efetivamente orgânicos será necessário que a unidade de produção passe por um período de conversão. O processo de mudança do manejo convencional para o orgânico é conhecido como
conversão.