Reclicar o lixo eletronico
Para se desfazer dos produtos, a saída é ligar para a Comlurb ou recorrer a sucateiros que atuam nas ruas
Nadja Sampaio RIO — O consumidor sofre na hora de encontrar um lugar para descartar o seu lixo eletrônico, principalmente os eletrodomésticos. Para testar como as empresas estão tratando o tema, foram enviados e-mails para o SAC de oito empresas — Philips, Vicini, Black&Decker, Arno, Nikon, Sky, Garmin e Lorenzetti — perguntando onde poderia ser descartado o aparelho quebrado. Três responderam e deram uma solução para o consumidor: a Sky, depois de deixar por dois anos os receptores e controles remotos na casa do consumidor, finalmente recolheu os equipamentos inservíveis; a Garmin se ofereceu para tentar consertar o GPS em São Paulo, pois no Rio não há assistência técnica; e a Lorenzetti enviou endereços de assistências técnicas, onde os chuveiros queimados poderiam ser entregues. As outras cinco não responderam. Quando o lixo eletrônico é de computadores, baterias e celulares, o consumidor ainda encontra pontos de recolhimento nas fábricas verdes. Mas quando se trata de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, a saída é pedir o serviço da Comlurb ou utilizar pessoas que recolhem nas ruas. Segundo o secretario estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc, que participou da elaboração da lei federal de Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em 2010, hoje o principal nó é a logística reversa, na qual as empresas precisam incluir no processo de produção o recolhimento do descarte de seus produtos. A implementação da logística reversa em todo o país deverá ocorrer, no mínimo, em 2015: — As câmaras técnicas, criadas pela lei, avançaram em alguns pontos e em outros, não. Vidros e latinhas são os mais reciclados. O óleo de cozinha também já tem um nível alto de recolhimento e reciclagem — diz Minc. — Os materiais mais difíceis são as embalagens, de modo geral, e os eletrodomésticos e eletroeletrônicos. As empresas