Reanimação neonatal
Maria Fernanda Branco de Almeida & Ruth Guinsburg Coordenação Geral do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria e Membros do International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR) Neonatal Task Force
Texto atualizado em janeiro de 2011
SUMÁRIO 1. Introdução 2. O preparo para a assistência 3. Avaliação da vitalidade ao nascer 4. Assistência ao recém-nascido de termo com boa vitalidade ao nascer 5. Assistência ao recém-nascido com líquido amniótico meconial 6. Assistência ao recém-nascido com necessidade de reanimação 7. Passos iniciais 8. Ventilação com pressão positiva (VPP) 8.1. Oxigênio suplementar 8.2. Equipamentos para a ventilação 8.3. Técnica da ventilação com balão e máscara 8.4. Técnica da ventilação com balão e cânula traqueal 8.5. Ventilador mecânico manual em T com máscara facial ou cânula traqueal 9. Pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) 10. Massagem cardíaca 11. Medicações 12. Aspectos éticos da assistência ao recém-nascido na sala de parto 13. Consideração Final Anexos: - Material necessário para a reanimação do recém-nascido na sala de parto - Medicações necessárias para reanimação do recém-nascido na sala de parto - Fluxograma da reanimação neonatal em sala de parto 1
1. Introdução No Brasil, nascem cerca de três milhões de crianças ao ano, das quais 98% em hospitais(1). Sabe-se que a maioria delas nasce com boa vitalidade, entretanto manobras de reanimação podem ser necessárias de maneira inesperada, sendo essencial o conhecimento e a habilidade em reanimação neonatal para todos os profissionais que atendem ao recém-nascido em sala de parto, mesmo quando se espera pacientes hígidos sem hipóxia ou asfixia ao nascer(2,3). Deve-se lembrar que, em nosso país, em 2005 e 2006, 15 recém-nascidos morreram ao dia devido a condições associadas à asfixia perinatal, sendo cinco deles a termo e sem malformações congênitas