Realismo
Realismo
O termo realismo, de uma maneira geral, é utilizado na História da Arte para designar representações objetivas, sendo utilizado como sinônimo de naturalismo. Normalmente implica numa não idealização dos objetos representados e numa preferência por temas ligados ao homem comum e à existência cotidiana.
Entretanto, em meados do século XIX, Gustave Courbert, com a crença na pintura como uma arte concreta, que deveria ser aplicada ao real, acaba por se tornar o líder de um movimento chamado Realista, juntamente com Édouard Manet. Esse movimento, especialmente forte na França, reagia contra o Romantismo e pregava o fim dos temas ligados ao passado (como temas mitológicos) ou representações religiosas em nome de uma arte centrada na representação do homem da época, em temas sociais e ligados à experiência concreta.
O artista, além de documentar a realidade, pela primeira vez busca compreendê-la, acreditando que ao descobrir as causas de ações biopsíquicas e ambientais, o homem estaria no caminho certo para evitar seus efeitos degradantes.
A crítica sociológica está presente na maioria das obras, abordam-se temas como o preconceito, a intolerância e a exploração. Instituições como a Igreja Católica e a burguesia eram alvos comuns dos autores realistas
Os quadros realistas causaram o maior escândalo. Acusaram-nos de “agradar à arte”, quer pelos temas banais, por vezes ofensivos, quer pelas cores excessivamente mortas, de bom gosto, quer pela falta de elaboração e conceptualização das composições. No entanto, para os seus defensores, a representação da realidade em sensível era a última palavra em audácia artística.
Um dos primeiros pintores considerados realistas é Jean-Baptiste Camille Corot (1796 - 1875) que, com sua pintura de paisagens provocou a admiração de artistas posteriores como Cézanne. Foi um dos pioneiros a considerar os desenhos que realizava ao ar livre como