Realismo Portugal e Brasil
Realismo é o movimento cultural e literário ocorrido na segunda metade do século XIX aproximadamente, marcando uma total mudança de pensamento em relação ao Romantismo. Nesse período, devido às mudanças sociais acontecidas, os artistas passaram a ver o mundo de maneira completamente diferente, dando lugar a uma visão bem mais crítica da realidade que os cercava. Na segunda metade do século XIX, o contexto sociopolítico europeu mudou profundamente. Lutas sociais, tentativas de revolução, novas ideias políticas e científicas apareceram. O mundo agitava-se, e a literatura não podia mais viver de idealizações, do culto do eu e da fuga da realidade, como no tempo do Romantismo. A Revolução Industrial na Inglaterra também foi algo que contribuiu para essas mudanças, já que a vida pacata e tranquila que os românticos tinham transformou-se completamente com o advento da máquina.
Características do Realismo
-Oposição ao idealismo romântico. Não há envolvimento sentimental
-Representação mais fiel da realidade
-Romance como meio de combate e crítica às instituições sociais decadentes, como o casamento, por exemplo.
-Análise dos valores burgueses com visão crítica denunciando a hipocrisia e corrupção da classe
-Influência dos métodos experimentais
-Narrativa minuciosa (com muitos detalhes)
-Personagens analisadas psicologicamente
Realismo em Portugal
O Realismo em Portugal teve seu início em 1865, uma época em que liberais e representantes da velha monarquia deposta em 1820 travavam várias lutas. Foi um movimento de renovação, uma tentativa de levar Portugal à modernidade, trazendo ao país as ideias filosóficas e científicas que estava em alta na Europa na época.
Questão Coimbrã
Seu marco inicial foi marco a Questão Coimbrã, uma polêmica literária travada em jornais que teve início quando a Geração de 70, um grupo de intelectuais composto por Oliveira Martins, Teófilo Braga, Antero de Quental, entre outros, defensores das novas