Realismo em portugal e no brasil
REALISMO: Portugal (1865-1890)
O desenvolvimento do movimento realista está ligado às profundas mudanças ocorridas na Europa durante a segunda metade do século XIX. O capitalismo entra em um novo estágio: de um lado, grande progresso industrial e formação de grandes empresas; de outro, uma volumosa classe operária fazendo reivindicações sociais. Essas transformações criam novas tensões sociais e, conseqüentemente, novas posições ideológicas. Nesse contexto, a Europa é agitada por novas idéias no campo da Filosofia e das ciências, o que permite um conhecimento mais amplo do ser humano.
Realismo é retratar o homem e a sociedade a partir da observação do ambiente, costumes, das atitudes, dos comportamentos, buscando as causas dos fatos e fenômenos que abordam. Ele surgiu em reação ao subjetivismo e individualismo do Romantismo. Em seu lugar surge o objetivismo.
O início do Realismo em Portugal foi em 1865, com a grande polêmica travada nos jornais, conhecida como Questão Coimbrã. A “Questão” envolvia o debate e troca de acusações entre os seguidores da escola romântica e os da nova escola realista. Os principais autores e obras do Realismo em Portugal são:
Prosa
1- Eça de Queirós: é um dos maiores prosadores da língua portuguesa. Combate as falhas da instituições, satiriza os costumes com sutileza e graça, num estilo fluente e de vigor narrativo.
Obras: O crime do padre Amaro, O primo Basílio, Os Maias, O mandarim e outros.
2- Fialho de Almeida: A cidade do vício, O país das uvas, Contos.
Poesia
1- Antero de Quental: Optou pela poesia filosófica, metafísica, indagadora das causas dos fenômenos da consciência e da existência. Obras: Odes modernas, Versos dos vinte anos, Sonetos completos, Raios da extinta luz.
2- Cesário Verde: É chamado o “Poeta do Cotidiano”, das coisas que parecem insignificantes, comuns. Obras: O livro de Cesário Verde.
3- Guerra Junqueiro: Começa como romântico e evolui para o